Em meio aos avanços da ciência, a busca por métodos eficazes para manter a saúde cerebral tem sido um tema de grande interesse. Recentemente, uma descoberta intrigante veio à luz, destacando o potencial da caminhada como uma ferramenta poderosa na promoção da saúde do cérebro, especialmente em idosos. Esta revelação, baseada em um estudo publicado na renomada revista “Neuroimage” em 2021, abre portas para novas abordagens no campo da medicina e neurociência.
Como “Caminhou” o Estudo?
Artigo: White matter plasticity in healthy older adults: The effects of aerobic exercise – PubMed (nih.gov)
O estudo em questão mergulhou no intrigante domínio da plasticidade da massa branca cerebral, uma área frequentemente negligenciada em pesquisas anteriores, que tradicionalmente se concentraram na matéria cinzenta. Enquanto a massa cinzenta abriga os neurônios, a massa branca desempenha um papel crucial na conexão entre essas unidades neuronais, tornando-se essencial para o funcionamento eficiente do cérebro.
A pesquisa reuniu uma amostra de aproximadamente 250 idosos saudáveis, previamente sedentários. Através de avaliações meticulosas, que incluíram testes de aptidão aeróbica, habilidades cognitivas e exames de ressonância magnética para analisar a saúde e função da massa branca cerebral, os pesquisadores estabeleceram uma base sólida para investigar os efeitos do exercício aeróbico nesse grupo demográfico.
Dividindo os participantes em dois grupos distintos, os pesquisadores implementaram um programa de exercícios supervisionados ao longo de seis meses. Um grupo se dedicou a atividades de alongamento e treinamento de equilíbrio, enquanto o outro adotou a prática da caminhada rápida, realizando-a três vezes por semana, durante cerca de 40 minutos a cada sessão.
Ao término do período de intervenção, os resultados revelaram descobertas significativas. Os participantes do grupo de caminhada apresentaram melhorias notáveis em diversas áreas. As fibras nervosas em partes específicas de seus cérebros pareciam mais robustas, enquanto lesões teciduais diminuíram. Além disso, observou-se um desempenho aprimorado nos testes de memória entre os indivíduos que adotaram a caminhada como forma de exercício regular.
Em contrapartida, o grupo de controle, que não participou de exercícios aeróbicos, mostrou um declínio na saúde da massa branca cerebral. Após os seis meses de acompanhamento, evidenciou-se um afinamento e deterioração das fibras nervosas, juntamente com uma queda nos escores cognitivos.
Esses resultados destacam o impacto positivo e promissor da caminhada regular na saúde cerebral dos idosos. A plasticidade da massa branca cerebral permaneceu evidente, mesmo em idades avançadas, sugerindo que atividades simples, como caminhar, têm o potencial de promover o rejuvenescimento e a preservação do tecido cerebral.
Conclusões: Por que caminhar ativa o cérebro?
Portanto, esse estudo não apenas ressalta a importância do exercício aeróbico na saúde cerebral, mas também oferece uma estratégia acessível e viável para prevenir ou retardar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento. Incorporar caminhadas rápidas na rotina diária pode ser uma medida eficaz e holística para promover o bem-estar cognitivo e a qualidade de vida em todas as fases da vida adulta e idosa.
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