Ansiedade e depressão são dois grandes males que afetam grande parte da população hoje em dia e merecem atenção e respeito, não só dos profissionais de saúde. Quando falamos no combate a essas duas doenças, logo vem à mente alguma medicação. Mas sabia que é possível diminuir a ansiedade e melhorar a depressão por meio da alimentação?
Estima-se que no mundo 300 milhões de pessoas no ano são atingidas por essas doenças. Os números ficam ainda mais impactantes quando lembramos que 1 a cada 5 pessoas tem essa doença.
Quando falamos sobre ansiedade, não estamos necessariamente falando de um problema. A ansiedade é uma resposta fisiológica do organismo que tenta se antecipar a um problema. Pensando assim, antecipar-se a um problema pode ser bom, pois você se prepara e resolve de maneira mais eficiente. Porém, quando essa antecipação leva a uma piora da qualidade de vida, temos os transtornos da ansiedade, que é considerado uma doença.
Já a depressão é considerada uma doença, uma vez que ela representa a perda de interesse pelas atividades do dia a dia, o que piora muito a qualidade de vida do paciente. Dessa forma, quando falamos em ansiedade e depressão estamos falando sobre doenças que impactam o organismo da pessoa e a sociedade como um todo, afinal, as pessoas que sofrem dessas doenças têm dificuldade de interagir socialmente e não são responsáveis pelo próprio sustento.
A alimentação no tratamento da ansiedade e depressão.
Existem diversas formas de tratar a ansiedade e depressão, o uso de medicação e exercício físico são alguns dos exemplos muito estudados na comunidade científica. Mas aqui vamos falar especificamente sobre o poder dos alimentos.
Para falar sobre isso, eu fui atrás de embasamento científico e encontrei um artigo de metanálise. Uma metanálise é quando, em um artigo, são comparados diversos outros artigos científicos com metodologias equiparáveis, os quais recebem pontuações diferentes de acordo com a análise estatística do pesquisador. Esse artigo, de 2019, fez uma metanálise só de estudos clínicos randomizados que analisaram grupos com e sem alimentação específica para testar o impacto na melhora da ansiedade.
Foram avaliados, no total, 45.834 pacientes. O trabalho mostrou que a alimentação tem, sim, impacto na diminuição da depressão e da ansiedade. Importante ressaltar aqui que todos os trabalhos propostos para avaliar a alimentação na diminuição da depressão e ansiedade tinham como meta a redução da inflamação do organismo dos pacientes.
Vemos, com isso, que os alimentos têm efeito de medicação dentro do nosso organismo e alguns são mais inflamatórios do que outros. Analisando a população mundial como um todo, vemos um consumo excessivo de carboidrato e de gordura na alimentação.
Os trabalhos utilizaram diversas estratégias alimentares, como dieta vegana com diminuição de gordura, dieta mediterrânica, aumento de frutas na dieta, entre outras. Em todas, como falamos, a proposta era usar alimentos que diminuíssem a inflamação no organismo.
Entre essas, a que mais se destacou foi a dieta mediterrânica, com o aumento de frutas no cardápio, ômega 3 e aumento do consumo de peixes com boa qualidade de gordura. Por isso, quando falamos sobre alimentação que vai ajudar no combate à depressão e ansiedade, estamos falando de uma alimentação que vai ajudar você no dia a dia a ter mais saúde e qualidade de vida.
Artigo referência: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30720698/
Aprofundando o assunto, encontrei um segundo artigo que avaliou nutrientes e destacou cálcio, ferro, ácido fólico e ômega 3. Isso porque todos eles são nutrientes fundamentais para o funcionamento correto do organismo. Logo, ajudam na diminuição da ansiedade e da depressão.
A importância da alimentação na saúde, física e mental.
A mensagem que queremos deixar é que se a sua alimentação estiver desequilibrada, você aumenta muito o risco de desenvolver uma doença, seja ela ansiedade, depressão ou doenças crônicas, como hipertensão e obesidade. Por isso é tão importante ter uma alimentação equilibrada de acordo com a intensidade e a atividade física do seu dia a dia, de preferência acompanhado por um profissional de saúde de confiança, que ofereça um tratamento individualizado.
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