Será que consumir menos carboidrato pode melhorar a acne? E mais, quais são os alimentos que ajudam a melhorar esse problema? Com certeza em alguma fase da sua vida você pesquisou na internet algo relacionado ao tema. É muito comum também a associação entre o consumo de carboidrato e a piora da pele. Será então que comer menos pães e massas, por exemplo, melhora de fato a acne?
O que diz a comunidade científica?
Durante muito tempo essa também foi uma dúvida da comunidade científica. Os livros e artigos da década de 30 eram categóricos em dizer que diminuir o consumo de carboidrato levava a uma melhora da acne. Mas, quando chegamos à década de 60, isso muda e os livros passam a dizer que não há interferência entre carboidrato e pele.
Existem muitas causas para o aumento da acne. Entre elas está o aumento da função do IGF-1 na pele. O IGF-1 é um hormônio que é produzido a partir do GH, o hormônio do crescimento, no fígado.
O IGF-1, por sua vez, circula pelo organismo e, claro, chega à pele. Também foi descoberto que a insulina tem uma relação com o IGF-1, que é uma sigla que significa Insulin-Like Growth Factor-1. Em português, seria algo como fator de crescimento parecido com a insulina.
O que isso significa, na prática? Quando há o aumento do IGF-1 na pele, você tem, sim, um aumento de espinha. A insulina é capaz de agir no receptor desse IGF-1. Logo, quando você diminui o consumo de carboidrato, também consegue diminuir esses receptores de IGF-1 na pele e, dessa forma, diminuir a presença de acne.
Mas, para chegar até esse resultado, não adianta simplesmente diminuir o consumo de carboidrato. Existem muitos trabalhos que falam sobre o tipo de carboidrato específico. Ou seja, eles apontam que seria melhor ingerir alimentos com menor índice glicêmico, que são capazes de responder com menor produção de insulina.
Se comer menos carboidrato melhora a acne, uma dieta se destaca
O que tem mais evidência em relação à melhora da acne são as dietas cetogênicas, em que se tem um consumo abaixo de 50 gramas de carboidrato por dia. Com o baixo consumo há também a menor produção de insulina e, com isso, um menor estímulo ao receptor do IGF-1 na pele.
Referência; https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22327146/
Quando falamos em saúde do organismo vemos que tudo está relacionado. Então, antes de procurar exemplos de dietas cetogênicas na internet ou cortar de vez o carboidrato da alimentação, procure informação de qualidade e um profissional de saúde de confiança.
Se você é médico e quer saber mais sobre Dermatologia Nutrológica, clique nesse link e conheça nossos Cursos: IDN – Nutrology Academy